Por: O Liberal
O governo do Estado está investindo mais de R$ 500 milhões em obras de mobilidade nos municípios por onde passam as rodovias estaduais. Na Região Metropolitana de Belém, R$ 525 milhões são investidos em projetos como a recuperação da rodovia Mário Covas e o prolongamento da avenida João Paulo II. Os números serão apresentados durante o VII Congresso e Feira Internacional de Transporte e Logística Sustentável da Amazônia (Trans 2018), cuja abertura ocorre hoje. O evento vai até quinta, 21, em uma realização do Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial e Lacustre e das Agências de Navegação do Pará (Sindarpa), com o objetivo de apresentar ao mercado investidor o cenário de oportunidades de negócios na área de transportes na região.
Com o slogan "Pará – Plataforma Logística Internacional", a Trans 2018 chega à 20ª edição, tendo como principal objeto de debate a integração logística da Região Pan-Amazônica junto ao Brasil e à comunidade logística internacional. Serão apresentados negócios multisetoriais considerados relevantes para o desenvolvimento de uma Infraestrutura logística funcional e competitiva para o Brasil a partir dos portos do Pará.
Para otimizar a aplicação dos recursos na área, a Secretaria de Estado de Transportes (Setran) criou três projetos para investir o montante de verba direcionada à malha viária: manutenção integral, asfalto na estrada e pontes concretas.
"Com o passar dos anos, a característica da malha viária do Estado mudou. Hoje, o número de carretas que trafegam por elas aumentou muito, assim como o peso da carga, o que vem inviabilizando o uso de pontes de madeira, algo muito presente no Pará. O que vinha ocorrendo era a quebra dessas pontes e, consequentemente, o bloqueio de estradas, causando enormes prejuízos à população, aos trabalhadores e a todo o sistema que precisa das estradas. Por isso, optamos por dar prioridade às pontes", explica o secretário Kleber Menezes, titular da Setran.
Outro projeto que será destaque na pauta do Trans 2018 é o da Ferrovia Paraense, estudada desde 2015, e mais fortemente em 2017, após a conclusão e aprovação do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), com licenciamento ambiental sob análise da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). Este é um dos projetos mais robustos na área de logística de transportes, das últimas décadas, no Pará, e alternativo ao modal rodoviário.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Eduardo Leão, trata-se de um projeto de uma ferrovia pública estadual para o transporte de passageiros e cargas com o objetivo de integrar o Estado e maximizar o desenvolvimento socioeconômico. “Um projeto inédito e estratégico com reflexos imediatos em toda cadeia logística nacional”, destaca.